Orkestra Bandida
A ORKESTRA BANDIDA é um grupo ligado ao Coletivo Tarab, formado por músicos multi-instrumentistas, estudiosos e pesquisadores da música cigana oriental presente nas culturas do Mediterrâneo, Turquia, Trácia e Balkãns e da música regional folclórica Brasileira.
Através de uma instrumentação peculiar que inclui Oud (Alaúde clássico), Cümbüş (Banjo Fretless Cigano), Clarinetes (em G da Turquia, Grécia e Oriente Médio), Flauta Ney e Kaval (Flautas tradicionais da Turquia, Macedônia e Bulgária), Rabeca e Keman (Violino presente na música regional e folclórica tanto no Brasil como nas culturas regionais do Oriente Médio Balkan e Turquia), Sousafone (instrumento de Sopro presente nas fanfarras de rua tanto no Brasil presente nas Retretas das praças do interior como nas Fanfarras populares dos Balkans), Darbuka (presente em diversas culturas do oriente médio, Bálcãs e Mediterrâneo), Davul (Parente da Zabumba Nordestina e na música Cigana folclórica da Turquia, Macedônia, Bulgária e Egito) e Riqq (Primo do Pandeiro Brasileiro utilizado dos Balkans até o Oriente Médio) a ORKESTRA BANDIDA se utiliza das escalas orientais e ritmos diversos, como por exemplo, os ímpares, que são comuns em diversos países que compartilham essa herança musical.
A ORKESTRA BANDIDA apresenta uma formação musical e cênica composta por todos estes instrumentos e a banda é conduzida pela voz melódica principal do Clarinete Ocidental e o Clarinete Oriental que, apesar de serem antagônicos, apresentam diversas proximidades e sincretismos presentes no choro, no samba e no baião nordestino, por exemplo. Além disso, as flautas de madeiras orientais (Ney, Kaval) evocam os pifes, as flautas indígenas e todo o universo lúdico do sopro brasileiro.
Há um aspecto crucial no centro deste contexto que também marcou profundamente o sincretismo cultural entre Oriente e Ocidente que é a Dança, expressão artística que evidencia um paralelo direto entre as diferentes culturas.
Desde a antiguidade, a dança era utilizada como um alfabeto corporal no qual os povos se comunicavam e expressavam seus hábitos cotidianos, festivos e ritualísticos, através de gestos e movimentos. Por isso, através da dança, podemos traçar um paralelo com diferentes culturas, a brasileira, por exemplo, que tem a dança como expressão artística presente e enraizada em todas as suas manifestações culturais e regionais.
O grupo é liderado por Mario Aphonso III, multi-instrumentista, pesquisador, arranjador, fundador e idealizador do Coletivo Tarab, Comendador das Artes, Comenda Carlos Gomez, ligada à promoção da cultura e da arte e Cavaleiro da Paz (medalha do cinquentenário da ONU) devido ao trabalho com músicos de diversas tradições musicais, unindo Árabes, Judeus, Ciganos, Africanos, Indianos e Brasileiros através da arte e cultura, informação e pesquisa, criando um diálogo pela paz através do exercício da criatividade.
O grupo lançou seu primeiro disco (Orkestra Bandida - 2016), fruto de projeto de financiamento coletivo, que foi gravado em estúdio ao vivo em São Paulo e traz toda a riqueza de timbres e melodias trabalhadas pelo grupo em dez músicas do cancioneiro tradicional.
Em sua trajetória já se apresentou nas principais casas de música em São Paulo (Centro Cultural Rio Verde, Centro Cultural São Paulo, Jazz nos Fundos, Casa das Caldeiras, Casa de Francisca, Mundo Pensante, Museu da Casa Brasileira), em mais de 10 unidades do SESC dentro e fora de São Paulo, Virada Cultural (2013, 2014 e 2017) e, em abril de 2018, integrou o Circuito SESC de Artes passando por 9 cidades do interior de São Paulo. Em julho de 2019 apresentou-se em um dos palcos mais importantes da música: Instrumental Sesc Brasil no Sesc Consolação com lotação máxima.
Integrantes
Mario Aphonso III: Ney, nay, kaval, clarinete e clarinete turco
Ian Nain: Oud, Saz e Çumbus
Felipe Gomide: Rabeca
Eliezer Tristão: Souzafone
Francisco Mehmet: Darbuka e Riqq
Fabricio Batalha: Bendir e Djembê
Bruna Milani: Dançarina